Resumo:
Este artigo apresenta uma discussão sobre os
aspectos que envolvem a aprendizagem e a avaliação desta aprendizagem na
Educação a Distância (EaD). Um levantamento sobre a situação dos cursos a
distância no Brasil foi realizado no portal do Ministério da Educação (MEC),
onde foi verificado que apenas 13 cursos de graduação a distância, oferecidos
em instituições de ensino superior brasileiras, foram avaliados com conceito
máximo pelo MEC. Um estudo de caso é
apresentado como exemplo de situação prática para mostrar algumas dificuldades
enfrentadas pelos sujeitos que atuam na EaD. E, finalmente, é apresentado uma
análise do estudo de caso e algumas reflexões sobre as possibilidades de interação
e de metodologias de avaliação da aprendizagem na EaD que podem auxiliar a
repensar o cenário da EaD no Brasil.
Palavras-chave: Aprendizagem; Interação; Avaliação.
1. Introdução
A oferta de cursos de graduação, pós-graduação e extensão, na modalidade
a distância, teve um crescimento expressivo nos últimos anos. Os resultados do
censo da educação superior divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e
Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), em dezembro de 2007, mostram que
de 2003 a 2006, houve um aumento de 571% em número de cursos a distância e de
315% no número de matrículas. Os dados do censo apontam ainda que, em 2005, os
estudantes da EaD representavam 2,6% do universo de estudantes e, em 2006, essa
participação passou a ser de 4,4% (INEP, 2008).
Segundo o Anuário Brasileiro Estatístico de Educação
Aberta e a Distância (AbraEAD), é possível constatar que as instituições de
ensino brasileiras atenderam um total de mais de 2,5 milhões de estudantes em
cursos desenvolvidos na modalidade a distância no ano de 2007 (AbraEAD, 2008).
Esta pesquisa incluiu não somente alunos matriculados em cursos de instituições
credenciadas pelo Sistema de Ensino, mas também em projetos de importância
regional ou nacional, como os promovidos pela Fundação Bradesco, Fundação
Roberto Marinho e do Grupo S (SESI, SENAI, SENAC e SEBRAE).
O censo de 2010 apresenta um
crescimento ainda maior no que diz respeito ao número de concluintes,
matrículas e oferta de cursos superiores desenvolvidos na modalidade a
distância no Brasil. Segundo as Sinopses Estatísticas da Educação Superior,
publicadas no portal do INEP (INEP, 2011), o país teve um total de 144.553
estudantes concluintes do ensino superior, egressos de um total de 930 cursos
de graduação e 930.179 matrículas realizadas. Este panorama aponta para uma
preocupação com a qualidade dos cursos de forma geral.
A oferta desta modalidade de
ensino vem com o discurso político da inclusão social na educação superior, que
tem como objetivo oferecer, a todos brasileiros, o acesso à Universidade em
localizações distantes dos grandes centros.
Quando os cursos a distância
foram concebidos no Brasil, em meados de 1904, os recursos utilizados eram
baseados em materiais impressos, enviados pelos Correios, ou anos mais tarde,
com as aulas transmitidas via rádio e televisão. Provavelmente, as primeiras
experiências em EaD no Brasil podem ter ficado sem registro, visto que os
primeiros dados conhecidos são do século XX (Alves, 2011).
Nos dias de hoje, com a chegada
das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), dos computadores, dos
dispositivos móveis, e do acesso à Internet, muitos são os recursos disponíveis
para viabilizar a EaD, que também está sendo denominada de Educação online (EOL) por (Silva, 2012).
Em um primeiro momento, o
objetivo principal da implantação da EaD no Brasil, foi levar a Universidade a
regiões distantes dos grandes centros urbanos para que toda a população
brasileira tivesse acesso à educação superior. Após alguns anos, muitos cursos foram
implantados, tanto em instituições públicas quanto privadas, os primeiros
formandos já estão atuando no mercado de trabalho, as primeiras avaliações de
cursos foram realizadas pelo MEC, e nesse momento, é necessário retomar a
discussão sobre a qualidade dos cursos oferecidos nesta modalidade.
A qualidade de um curso é
verificada a partir do atendimento aos indicadores de qualidade definidos por
especialistas do Ministério da Educação (MEC), no documento chamado
“Referenciais de Qualidade para a Educação Superior a Distância[1]”. Além do atendimento aos
critérios definidos neste documento, outra forma de analisar a qualidade de um
curso superior é o desempenho dos estudantes em exames nacionais, como por
exemplo, a prova do ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes no
Ensino Superior[2].
Recentemente, foi
divulgada uma relação dos cursos mais bem avaliados do ensino superior a
distância no Brasil[3]. Ao todo, as instituições de ensino superior
brasileiras oferecem 1.430 cursos de graduação a distância que estão cadastrados
no portal do MEC (http:// http://emec.mec.gov.br/). Deste total, 1.208 cursos estão em atividade,
86 cursos estão em extinção e 136 cursos foram extintos, conforme mostrado na
Tabela 1.
Tabela 1. Total de cursos de graduação a
distância no Brasil
Curso
|
Em
atividade
|
Em
extinção
|
Extinto
|
Licenciatura
|
570
|
54
|
118
|
Bacharelado
|
228
|
17
|
7
|
Graduação Tecnológica
|
406
|
12
|
8
|
Sequenciais
|
4
|
3
|
3
|
Total de
Cursos
|
1.208
|
86
|
136
|
Do total de
cursos em atividade, 570 são de licenciaturas, 406 são graduação tecnológica,
228 são bacharelados, e 4 são sequenciais. Analisando o total de cursos em
extinção, 54 são de licenciaturas, 17 são bacharelados, 12 são graduação
tecnológica, e 3 são sequenciais. E, do total de cursos extintos, 118 são de
licenciatura, 7 de bacharelado, 8 de graduação tecnológica, e 3 são cursos
sequenciais.
Dos cursos em
atividade, apenas 13 obtiveram avaliação global considerada de excelência. Os
critérios de avaliação da qualidade de um curso, que formam a avaliação global,
e que indicam se um curso é de excelência ou não, são compostos por 3 notas: o Conceito
Preliminar do Curso (CPC), baseado na avaliação de documentos do curso; o Conceito
de Curso (CC), definido após avaliação in
loco do curso por uma comissão designada pelo MEC; e a nota dos estudantes
na prova do ENADE.
Isto é, do total
de 1.430 cursos de graduação a distância oferecidos atualmente no Brasil,
apenas 13 cursos alcançaram o conceito máximo. Esta avaliação do curso é feita
a partir de uma pontuação em ordem decrescente e dividido em cinco
classificações, a saber: 5 – excelente, 4 – muito bom e 3 - suficiente. Os
cursos com avaliação global abaixo de 3 são reprovados pelo MEC.
No que se refere
ao resultado da prova do ENADE – Exame Nacional do Desempenho dos Estudantes no
Ensino Superior, mostra que apenas 12 cursos foram avaliados com a nota 5; 66 com
a nota 4; e 137 com a nota 3. É importante salientar, que 92 cursos obtiveram
nota 2 e 2 cursos com nota 1, como pode ser observado na Tabela 2.
Tabela 2. Desempenho dos estudantes na
prova do ENADE
Nota na Prova do ENADE
|
Quantidade de Cursos
|
5
|
12
|
4
|
66
|
3
|
137
|
2
|
92
|
1
|
2
|
O Conceito
Preliminar do Curso (CPC) e o Conceito de Curso (CC) apresentam os indicadores
da avaliação que levam em conta a proposta pedagógica do curso, os sistemas de
comunicação e informática, o material didático, a metodologia de avaliação dos
estudantes, a equipe pedagógica multidisciplinar, a infraestrutura tecnológica,
de recursos humanos e de apoio, a gestão acadêmico-administrativa do curso e a sustentabilidade
financeira.
A nota dos estudantes na prova do ENADE também é
considerada na avaliação global do curso e tem relação, especificamente, com o
desempenho dos estudantes ingressantes e dos formandos no curso em avaliação. Este
exame integra o Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (SINAES) e tem como objetivo[4] principal aferir o rendimento dos estudantes dos
cursos de graduação em relação aos conteúdos programáticos, suas habilidades e
competências.
Muitos cursos de graduação a distância
autorizados pelo MEC ainda não têm suas notas divulgadas no portal do e-mec, pelo fato de que muitos cursos
estão em processo de reconhecimento ou de renovação do reconhecimento, ou
ainda, estar tramitando interposição ou recursos pelas instituições de ensino. A
regulação dos cursos superiores a distância no Brasil segue os trâmites semelhantes
aos dos cursos presenciais.
A partir deste contexto, é
importante ressaltar que 90,9% dos cursos de ensino superior oferecidos na
modalidade a distância no Brasil, ou ainda não foram avaliados, ou não
atingiram a excelência na avaliação global de curso realizada pelo MEC.
Estes dados mostram a
necessidade urgente de se investir em pesquisas que estudem e proponham
soluções para melhorar a qualidade dos cursos oferecidos nesta modalidade. A
qualidade de um curso pode ser observada a partir de vários critérios como já
mencionado acima. No entanto, um dos critérios mais importantes da avaliação é
o resultado do desempenho dos estudantes no ENADE. Porque é o desempenho dos
estudantes que mostra se o projeto pedagógico do curso e as metodologias de ensino,
aprendizagem e avaliação estão atendendo às necessidades dos estudantes e
auxiliando no processo de construção do conhecimento. Se os estudantes não
atingem o mínimo esperado nas avaliações, pode haver inúmeros problemas, mas o
projeto pedagógico do curso e as metodologias de ensino, aprendizagem e avaliação,
precisam ser revistos.
A aprendizagem dos estudantes, a avaliação
desta aprendizagem e a mediação
pedagógica são fatores importantes a serem considerados quando se trata da
qualidade de um curso a distância.
O objetivo deste artigo é
apresentar algumas reflexões sobre novas
possibilidades de aprendizagem e de avaliação
desta aprendizagem na EaD, com o intuito de trazer para a discussão o atual
modelo pedagógico desta modalidade de ensino no Brasil.
2. Contextualização
Inicialmente, para contextualizar a discussão proposta neste artigo,
sobre
novas possibilidades de aprendizagem e avaliação desta
aprendizagem na Educação a Distância (EaD), a Figura 1 apresenta o Mapa
Conceitual (concebido com o software Cmap
Tools[5]), com os conceitos que estão envolvidos neste estudo.
Figura 1: Conceitos relacionados com a Educação a Distância
desenvolvida no Brasil
Fonte:
elaborada pelo autora.
O mapa conceitual apresentado na Figura 1 mostra que com a chegada das
tecnologias da comunicação e informação e do acesso à Internet, a EaD, que
antes era realizada a partir de materiais impressos, atualmente, encontra-se no
Ciberespaço, na chamada Cibercultura (Lévy, 1996, 1999, 2000). A EaD está
utilizando as tecnologias do Virtual (Lévy, 1996) e (Barros, 2008) e do Online, a partir do uso de Espaços Digitais
Virtuais de Aprendizagem (Bona, 2012), também denominados de Ambientes Virtuais
de Aprendizagem (AVA) (Schlemmer, 2002). Os AVAs estão sendo utilizados para mediar
o processo de ensino e aprendizagem, que atualmente, não é mais a distância, e
sim é online (Silva, 2012).
Os AVAs são sistemas computacionais que proporcionam o encontro, a
discussão e a aprendizagem online. Estes
encontros online são mediados pelo
professor com o auxílio das Tecnologias Digitais de Rede (Teixeira, 2010), a
partir da Interação Mútua (Silva, 2010) e (Primo, 2000, 2003), da Interatividade
(Silva, 2010), da Colaboração e Cooperação (Piaget, 1973) entre os sujeitos
envolvidos: professores-tutores e alunos virtuais (Palloff & Pratt, 2004).
A aprendizagem online, assim
como na educação presencial, também requer uma avaliação, a qual é diferente do
processo de avaliação da aprendizagem na modalidade presencial.
A avaliação da aprendizagem de um estudante não é tema de discussões
somente nos dias atuais. A avaliação da aprendizagem é um assunto amplamente
discutido pela comunidade acadêmica (Luckesi, 2010), (Esteban, 2004) e
(Hoffmann, 2001, 2002), e que muitas vezes os educadores não chegam a um consenso
sobre quais são as melhores práticas. De um lado, alguns educadores defendem a metodologia
de avaliação tradicional, somativa, que tem a ênfase no “produto”, no resultado
final; e por outro lado, outros educadores defendem as metodologias inovadoras
para acompanhar e avaliar a aprendizagem dos estudantes, de maneira formativa,
priorizando o “processo” e a construção de saberes durante o “processo”. Essas
metodologias são defendidas conforme o projeto pedagógico, a filosofia e os
valores da instituição de ensino, e as concepções epistemológicas e
educacionais que cada educador traz consigo.
Na EaD não seria diferente. Nesta modalidade de ensino, a avaliação é feita
conforme o que se chama de modelo pedagógico de EaD da instituição. Isto é,
cada instituição de ensino tem um modelo próprio de gestão da EaD, e neste
modelo, as metodologias de ensino, aprendizagem, acompanhamento e avaliação,
estão definidas.
Para atingir o objetivo principal deste artigo, que é refletir
sobre novas possibilidades de aprendizagem e avaliação na EaD, faz-se
necessário pensar em três aspectos norteadores que estão relacionados à aprendizagem e à avaliação, que são:
1) como os estudantes
aprendem em interação com as tecnologias do virtual ?
2) qual a relação
que existe entre o desempenho acadêmico e a interação em ambientes online ?
3) como a mediação
docente contribui para a aprendizagem online
?
Com base nestes três aspectos norteadores da
discussão, a seção 3 apresenta um estudo de caso para ilustrar as dificuldades
encontradas em uma situação prática de docência online. Nesta seção, também são apresentados apontamentos
importantes, que a princípio não respondem às questões acima na sua totalidade,
mas conduzem a uma reflexão sobre que cursos a distância se oferece atualmente,
e que cursos a distância se quer para o futuro.
3. Estudo de Caso
Para iniciar a discussão, tem-se como exemplo, a
análise de desempenho dos estudantes de uma disciplina da graduação a
distância, oferecida no período letivo de 2012/2, em uma instituição de ensino
superior, no estado do Rio Grande do Sul, credenciada e reconhecida pelo MEC.
A disciplina em questão é comum a vários cursos de
graduação, que são oferecidos na modalidade 100% a distância. A carga-horária
desta disciplina é composta por quatro créditos, totalizando sessenta
horas-aula. O trabalho desenvolvido com os estudantes efetiva-se em um bimestre
definido em nove semanas e contempla conteúdos da área das Ciências Exatas.
Os materiais didáticos digitais são disponibilizados como arquivos no
formato (.pdf) e vídeo-aulas, distribuídos
em nove módulos.
A comunicação entre professor e estudantes é realizada em seis encontros
síncronos, com duração de quarenta e cinco minutos e suporte tecnológico da
ferramenta chat. Além dessa
ferramenta de interação e comunicação, a comunicação entre professor e
estudantes é realizada a partir dos fóruns de discussão, das mensagens
individuais e do correio eletrônico.
A Tabela 3
apresenta o total de estudantes matriculados na turma, o total de estudantes
que obtiveram aprovação por média, e o total de estudantes aprovados e
reprovados após exame de recuperação. É importante destacar, que nem todos os
estudantes atuam, profissionalmente, nas áreas dos cursos; são pessoas que têm
idade acima de vinte e cinco anos, e residem na região metropolitana dos
estados do Rio Grande do Sul (RS), Santa Catarina (SC) e Paraná (PR).
Tabela 3. Total de estudantes matriculados,
aprovados por média, aprovados e reprovados após exame de recuperação
Situação dos Estudantes
|
Turma 2012/2
|
Matriculados
|
51
|
Aprovados por media
|
22
|
Aprovados após exame
|
28
|
Reprovados após exame
|
23
|
Fonte:
elaborada pela autora.
Tabela 4. Percentual de estudantes,
aprovados por média, aprovados e reprovados após exame de recuperação
Situação dos Estudantes
|
Turma 2012/2
|
Aprovados por media
|
43,14%
|
Aprovados após exame
|
54,90%
|
Reprovados após exame
|
45,10%
|
Fonte:
elaborada pela autora.
Neste exemplo,
a avaliação da aprendizagem dos estudantes foi composta por uma média ponderada
que considera duas notas: a primeira nota (30%) trata da interação do estudante
no ambiente virtual de aprendizagem, bem como a produção do bimestre; e a
segunda nota (70%), refere-se ao desempenho do estudante em uma prova escrita,
presencial, individual, com o uso de calculadora e do livro didático.
Entende-se
por “produção do bimestre” como sendo as participações nos fóruns de discussão;
as participações nos chats; a entrega
de trabalhos escritos em arquivos do Microsoft
Word; e o envio de questionários de correção automática, nos prazos
estabelecidos desde o início da disciplina.
Observa-se
que 43,14% dos estudantes obtiveram aprovação por média sem necessidade de
realizar o exame de recuperação. Após a
realização do exame de recuperação, apenas 54,90% foram aprovados.
3.1 Análise do Caso
O caso
apresentado requer algumas considerações importantes, quanto às possibilidades de
interação entre os sujeitos no ambiente virtual de aprendizagem, e quanto à metodologia de avaliação aplicada.
Os números apresentados
nas Tabelas 3 e 4 mostram que, dos 51 estudantes matriculados, 23 não obtiveram
aprovação na disciplina. O que representa um alto índice de reprovação: 45,10%.
Koehler
(2012) analisou três turmas da graduação a distância, nas mesmas condições
deste estudo de caso, sendo disciplinas da área das Ciências Exatas e com a
mesma proposta pedagógica, onde também foi constatado um alto índice de
reprovação.
Quanto às possibilidades de interação, o que pode ser observado, nestes dois casos, é que
quando os estudantes conseguem interagir no ambiente virtual com o professor e
com os colegas, os resultados nas avaliações são positivos. A interação entre
professor e estudante é importante para a construção do conhecimento, tanto na
educação a distância, quanto na presencial.
A EaD
apresenta características que facilitam a interação entre os sujeitos, a interação
esta mediada pelas tecnologias da informação e comunicação.
Na análise
do desempenho acadêmico dos
estudantes das três turmas analisadas (Koehler, 2012) relacionou as interações destes estudantes no
ambiente virtual com o desempenho acadêmico. Esta análise foi feita a partir da
quantidade de acessos que o
estudante fez às ferramentas do ambiente virtual. Os resultados mostraram que nem
todos os estudantes que tiveram um maior número de acessos ao ambiente virtual
de aprendizagem, obtiveram os melhores desempenhos acadêmicos. Concluiu-se
então, que não é a quantidade de acessos ao ambiente que contribui para a
aprendizagem dos estudantes.
Bassani
(2006) constatou a necessidade de se definir uma ferramenta capaz de mapear as
interações, tanto a partir de um enfoque quantitativo, quanto qualitativo. O
enfoque quantitativo da interação faz referência ao que é possível apresentar
de informações quantificáveis, quantidade de trabalhos enviados ou ainda o
número de contribuições em determinada ferramenta, e que podem ser utilizadas
como subsídios para o professor acompanhar a aprendizagem do estudante. Mas,
nesta pesquisa a autora também concluiu que somente os dados quantitativos não
são suficientes para analisar a aprendizagem sob o aspecto cognitivo.
Bassani
(2006) afirma que o enfoque qualitativo da interação prevê a visualização do
conteúdo e mapeamento das contribuições individuais e interindividuais dos
estudantes, mostrando a sua interconexão com as contribuições dos colegas e que
os dados quantitativos puramente como são disponibilizados, não fornecem esta
informação.
O que pode
ser observado nos dois estudos de caso de Koehler (2012), e na pesquisa de
Bassani (2006), é que a interação que está presente nestes cursos não é a
interação que contribui para a construção do conhecimento, a interação mútua definida
por Primo (2000, 2003). Isto quer dizer que não há uma comunicação bidirecional
entre professor tutor e estudantes (alunos virtuais). Nestes casos, os
estudantes perdem a motivação, não acessam mais o ambiente virtual, e tão pouco
participam dos momentos síncronos em chats
ou das discussões nos fóruns. O que se pode afirmar é que este tipo de
interação, definida por Primo (2000, 2003) como interação reativa, efetivamente,
não contribui para a aprendizagem dos estudantes.
Por outro
lado, a maioria dos AVAs[6] (Teleduc (Unicamp), e-Proinfo (MEC), AVA (Unisinos), WebCT
e Moodle) utilizados nas instituições de ensino superior brasileiras, possibilitam
apenas mapear as interações dos estudantes numa perspectiva quantitativa, oferecendo
relatórios com a frequência, o número de acessos em cada ferramenta e
quantidade de mensagens postadas nos diversos espaços do ambiente. Desta forma,
a ênfase é apenas no aspecto individual do estudante, ou seja, as informações
apresentadas são referentes a cada estudante individualmente, e não apresenta
relatórios das interações do grupo de estudantes, nem dos caminhos percorridos
para a compreensão de um determinado conceito.
O acompanhamento
da construção do pensamento do estudante, das suas interações com os colegas e
professores, sob uma perspectiva qualitativa, não é contemplado na maioria dos
atuais ambientes virtuais de aprendizagem, e os dados quantitativos não
possibilitam identificar progressos cognitivos potencializados pelas trocas
interindividuais, nem da aprendizagem dos conceitos efetivadas ao longo do
curso.
Observa-se,
também, que as poucas ferramentas que existem para mapear as interações em
ambientes virtuais (Bassani, 2006), limitam-se em apresentar com quem um
determinado sujeito interagiu ou o conteúdo da mensagem. Mas, é importante afirmar
que estas interações não mostram o processo de construção dos conceitos realizado
por cada estudante em interação com os pares no grupo da disciplina.
Quanto à metodologia de avaliação utilizada, acredita-se que a partir dos resultados
apresentados, os instrumentos e as metodologias de avaliação não estão atingindo
os objetivos de uma avaliação formativa, que são acompanhar, orientar, e aferir
se o estudante realmente aprendeu os conceitos e conteúdos apresentados. A
avaliação como foi realizada caracteriza-se como uma avaliação somativa (Bloom,
1983), onde o sujeito é avaliado somente no final do curso, sendo avaliado o
produto final, e não o processo.
A avaliação da aprendizagem de um
estudante, realizada de forma constante, formativa (Bloom, 1983), ao longo do
curso e com uma mediação docente online
baseada na interação mútua entre professores e estudantes e entre estudantes e
seus pares, é uma forma de acompanhar o estudante e verificar se a aprendizagem
está sendo efetivada ou não. Com o acompanhamento constante do estudante, o
professor poderá intervir sempre que necessário, orientando as dificuldades e
sugerindo outros caminhos para o aprendizado.
Os autores Máximo,
Barone e Carvalho (2008) realizaram uma pesquisa sobre a avaliação da
aprendizagem, nos cursos oferecidos na modalidade a distância na UFRGS,
mostrando um panorama no período de 1998 a 2008. Esta pesquisa mostrou que,
apesar de todos os esforços despendidos, os resultados ainda são preocupantes
porque falta a utilização de
referenciais teóricos sobre avaliação da aprendizagem na educação a distância em
grande parte dos cursos analisados. E esta constatação é observada em outros
cursos, em outras universidades, para não dizer, na maioria das instituições de
ensino superior brasileiras que oferecem cursos na modalidade a distância.
Segundo (Azzi, 2006) apud (Máximo, 2008), a avaliação da aprendizagem desempenha funções
legítimas e indispensáveis no processo educativo. A função principal da
avaliação é a pedagógica, que visa, principalmente, à verificação da
aprendizagem dos estudantes, à identificação de suas necessidades e à regulação
ou melhoria do processo de ensino e de aprendizagem. Os autores Ferreira,
Otsuka e Rocha (2003) destacam a especial importância de uma avaliação
formativa, no contexto da educação a distância, ou seja, que a avaliação possa
apresentar características informativas e reguladoras.
Para Bona, Fagundes e Basso (2011), apenas entregar
material no ambiente virtual não significa que o estudante aprenderá; o
ambiente virtual não pode ser considerado um repositório de conteúdos. O
ambiente virtual precisa ser um espaço de convivência digital virtual para além
da interação entre os estudantes, e que considere a afetividade como um
elemento essencial na educação e inseparável da cognição. Bona, Fagundes e Basso
(2011) ainda afirmam que: “a avaliação permanece um tema polêmico entre as
áreas do conhecimento, e que os instrumentos que melhor avaliam são os que
possibilitam a leitura do estudante como um todo: afeto, cognição e metacognição”.
Máximo, Barone e Carvalho (2008) acreditam que a
Informática possa contribuir de forma efetiva nos processos avaliativos em
cursos na modalidade a distância, e que tal contribuição pode vir da combinação
de diversos recursos computacionais.
No entanto, ainda se tem poucas iniciativas em termos de pesquisa e produção
científica na área de Informática na Educação sobre avaliação na educação a
distância.
Nesta seção, foram apresentadas
algumas discussões relevantes sobre as dificuldades encontradas em uma situação
prática, onde também foram apresentados alguns apontamentos importantes, que
devem ser norteadores no planejamento de novos cursos a distância.
Após
analisar o estudo de caso apresentado, quanto
às possibilidades de interação e quanto
à metodologia de avaliação aplicada, a seção 4 apresenta as Considerações
Finais provisórias. Provisórias porque são considerações sobre um recorte da
pesquisa que está em andamento, em nível de Doutorado, e que segue com outros
questionamentos para além deste texto.
4.
Considerações Finais
Analisando
o contexto atual da EaD no Brasil, os resultados das avaliações dos cursos
apresentados no portal do e-mec, e os
estudos de caso apresentados neste texto, é importante que professores,
gestores e equipes pedagógicas das instituições de ensino superior, pensem que o
planejamento pedagógico, dos novos cursos nesta modalidade de ensino, precisa
prever uma outra forma de trabalho do docente online, conforme as reflexões propostas por (Silva, 2012).
É
necessário que o professor tutor, chamado de docente online (Silva, 2012), consiga desenvolver atividades didáticas que
priorizem a interação mútua entre docente e estudantes. Esta mediação docente
pode ser feita a partir do uso de ferramentas da Web 2.0, que podem ser
incorporadas ao ambiente virtual de aprendizagem institucional, e serem
utilizadas como dinâmica principal de interação entre os sujeitos.
Segundo Santos
(2010), “a modalidade online,
enquanto ´fenômeno da cibercultura´ traz em sua condição digital as
possibilidades da Web 2.0, como, por exemplo, o estar-junto online, colaborativo e dialógico nas interfaces Fórum, Chat, Wiki, Blog, Redes Sociais, entre outras”.
Os Blogs[7], Wikis e, principalmente, as Redes Sociais como Facebook[8] e Twitter[9] são possibilidades de interação a serem consideradas no planejamento dos novos cursos.
Os Blogs[7], Wikis e, principalmente, as Redes Sociais como Facebook[8] e Twitter[9] são possibilidades de interação a serem consideradas no planejamento dos novos cursos.
É
importante que o docente online consiga
reconhecer o Virtual como um espaço educativo, onde se possa compartilhar,
colaborar, cooperar, interagir, ser autor e co-autor de trabalhos realizados em
grupos, numa comunidade que vive e convive em rede.
E, a partir
desta vivência e convivência em rede será possível acompanhar, orientar e
avaliar o progresso das aprendizagens dos estudantes sob um aspecto mais
formativo e menos somativo. Acompanhando os caminhos trilhados pelos estudantes
em uma comunidade em rede e virtual, o docente online pode orientar e sugerir novos rumos para a aprendizagem dos
estudantes. Os históricos destas interações ficam armazenados e o docente online pode utilizar estas informações
para compor a avaliação do estudante.
As três questões norteadoras que conduzem a escrita
deste texto não foram respondidas na sua totalidade. No entanto, este é o ponto
de partida para a pesquisa de novas possibilidades de aprendizagem e avaliação
na EaD, que está em andamento.
No que diz respeito à questão de como os estudantes
aprendem em interação com as tecnologias do virtual, o que se pode afirmar é que o estudante desta nova
geração não pensa como os estudantes pensavam há uma década atrás (Veen &
Vrakking, 2009). Os estudantes de hoje foram crianças que nasceram com acesso
às tecnologias em casa, relacionam-se com amigos em redes sociais e resolvem
seus problemas de forma colaborativa na rede. Logo, estes estudantes têm uma
nova lógica de aprender usando as tecnologias do virtual a seu favor.
Quanto
à questão da relação entre o desempenho acadêmico com a interação em ambientes online, pode-se afirmar que os estudantes que obtiveram as
melhores notas foram os estudantes que mais se comunicaram com o professor e
com os colegas, por meio do ambiente virtual. Esta comunicação foi realizada nos
fóruns de discussão e nas sessões de chats
para discutir as dúvidas sobre os conceitos previamente estudados. Os
estudantes que fizeram as leituras com antecedência, que tentaram resolver os
exercícios e que tiraram suas dúvidas com o docente online, obtiveram as melhores avaliações na disciplina. No entanto,
os estudantes que tentaram uma comunicação com o docente sem ter feito a
leitura prévia dos materiais didáticos digitais, nem realizaram os exercícios propostos
com antecedência, não tinham dúvidas, e não conseguiam participar da discussão
com o docente e com os colegas. É importante salientar, que o tópico da
disciplina que causou mais dúvidas e o que foi mais discutido nos fóruns de
discussão, foi a parte da avaliação escrita que teve mais acertos. Observou-se
que os conteúdos introdutórios da disciplina, considerados mais fáceis, não
teve o mesmo número de acertos na avaliação escrita. Os conteúdos mais
complexos, que geraram mais dúvidas e que provocou uma maior interação entre o
docente e os estudantes, teve o maior número de acertos.
Quanto
à importância da mediação docente para a aprendizagem online, sem
dúvida a atuação do docente online é
um aspecto muito importante para a aprendizagem. Isto porque é o docente que
consegue integrar o grupo ao contexto da disciplina, observar as dificuldades
do grupo, propor novos caminhos de estudo, orientar o grupo para uma reflexão
sobre as dificuldades, relacionando os conceitos teóricos com a solução de
problemas na prática. A mediação pedagógica do docente online é tão importante quanto a qualidade dos materiais didáticos
disponíveis no ambiente virtual, porque é o docente online que vai conduzir o processo de reflexão sobre as questões da
disciplina. O acompanhamento constante do docente online permite que a avaliação da aprendizagem seja de caráter
formativo, com ênfase no “processo” e não no “produto” final.
Como mencionado anteriormente, a qualidade de um curso
é observada a partir de três conceitos que formam o conceito global de curso, e
um destes conceitos é o desempenho dos estudantes nos exames nacionais promovidos
pelo MEC. Então, pode-se dizer que a qualidade de um curso a distância está
relacionada ao quanto os estudantes conseguem aprender e construir
conhecimento, em interação e colaboração, com os professores e seus pares, no
ambiente virtual. E, esta aprendizagem somente será constatada quando mudarem
os espaços, os tempos e as metodologias de ensino, aprendizagem e de avaliação na
EaD, e então se pensar em uma educação menos a distância e mais online.
Referências
Alves, L. (2011) “Educação a distância: conceitos e
história no Brasil e no mundo. Revista Científica da Associação Brasileira de
Educação a Distância (ABED). V. 10. Pág. 83 – 92. 2011. Documento disponível no
endereço eletrônico: http://www.abed.org.br/revistacientifica/Revista_PDF_Doc/2011/Artigo_07.pdf, com acesso em 11-02-2013.
Almeida, M. E. B. (2002) “Incorporação da tecnologia
de informação na escola: vencendo desafios, articulando saberes, tecendo a
rede”. In Moraes, M. C. (org.). Educação a distância: fundamentos e práticas.
Campinas, SP: NIED/Unicamp, 2002.
AbraEAD. (2008) Um em cada 73 brasileiros estuda a
distância. 2008. Disponível em: <http://www.abraead.com.br/noticias.cod=x1.asp>, com acesso em 04 jan 2013.
Bassani, P. B. (2006) “Mapeamento das interações em
ambiente virtual de aprendizagem: uma possibilidade para avaliação em educação
a distância”. Tese (Doutorado) – PPGIE. Universidade Federal do Rio Grande do
Sul, Porto Alegre, 2006.
Behar, P. A. et
al.(2009) “Modelos Pedagógicos em
Educação a Distância”. Porto Alegre: Artmed, 2009.
Becker, F. (2001) “Educação e Construção do
Conhecimento”. Porto Alegre: Artmed, 2001.
Bloom, B. et al.
(1983) “Manual da Avaliação Formativa e Somativa do Aprendizado Escolar”. São
Paulo: Livraria Pioneira Editora, 1983.
Bona, A. (2012) “Espaço de aprendizagem digital da
matemática: o aprender a aprender por cooperação”. Porto Alegre: URFGS, 2012.
Tese (Doutorado em Informática na Educação) Programa de Pós-Graduação em
Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2012.
Carvalho, M J. S.; Nevado, R. A. de; Menezes, C. S. de. (2005) “Arquiteturas Pedagógicas para
Educação a Distância: Concepções e Suporte Telemático”. Workshop em Informática
na Educação - XVI Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, WIE-SBIE,
2005.
Esteban, M. T.; Silva, J. F.;
Hoffmann, J. (Org.). (2004) “Práticas avaliativas e aprendizagens
significativas em diferentes áreas do currículo”. Porto Alegre: Mediação, 2ª
ed. 2004.
Fagundes, L.; Sato, L.;
Maçada, D. (1999) “Aprendizes do
Futuro: as inovações começaram!” Coleção: Informática para a mudança na
Educação. SED/MEC/PROINFO. 1999. Disponível em: <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/me003153.pdf>. Acesso
em: 13 fev 2013.
Ferreira, T. B.; Otsuka, J. L.; Rocha, H.V. da. (2003)
“Interface para Auxílio à Avaliação Formativa no Ambiente TelEduc”. In:
Simpósio Brasileiro de Informática na Educação, 2003, Rio de Janeiro.– SBIE.
Rio de Janeiro: UFRJ, 2003. p.1-10.
Hoffmann, J. (2001) “Avaliar para promover: as setas do caminho”. Porto
Alegre: Mediação, 2001.
___________. (2002) “Pontos e contrapontos”. 7ª ed. Porto Alegre:
Mediação, 2002.
Inep. (2008) “Educação a distância cresce ainda mais
entre os cursos superiores”. 2008. Disponível em: <http://www.educacaopublica.rj.gov.br/jornal/materias/0369.html>, com acesso em 04 jan 2013.
Inep. (2011) “Sinopses Estatísticas da Educação
Superior – Graduação”. Disponível em: <http://portal.inep.gov.br/superior-censosuperior-sinopse>>, com acesso em 04 jan 2013.
Koehler, C.; Carvalho, M. J. S. (2012) “Interação mútua e
docência mediadora: subsídios para avaliar a aprendizagem na educação online”. In: Proceedings TISE-2012 -
XVII Congreso Internacional de Informática Educativa. pg. 367-368. J. Sánchez,
Editor, Santiago, Chile, 2012.
Lévy, P. (1996) “O que é o virtual ?” São Paulo: Ed.
34,1996.
_______. (1999) “Cibercultura” São Paulo: Ed. 34,1999.
_______. (2000) “A inteligência coletiva” São Paulo:
Ed. Loyola,2000.
Luckesi, C. C. (2010) “Avaliação da aprendizagem
escolar”. São Paulo: Editora Cortez, 2005, 20ª ed.
Maia, C.; Mattar, J. (2007) “ABC da EaD”. A Educação a
Distância hoje. 1ª ed. São Paulo: Pearson Prentice Hall, 2007.
Máximo, L. F.; Barone, D. A. C.; Carvalho, M. J. S.
(2008) “Informática e Avaliação na Educação a Distância na UFRGS: Um panorama
de 1998 a 2008”. Revista Novas Tecnologias na Educação. Cinted/UFRGS. V. 6. No
1. Julho, 2008.
Barros, D. M. V. (2008) “Reflexões de base para a
Educação a Distância: o virtual como novo espaço educativo”. Revista UDESC
Virtual. V. 1. Nr. 2. 2008. Disponível no endereço eletrônico: http://revistas.udesc.br/index.php/udescvirtual/article/viewFile/1650/1329, com acesso em 14 fev 2012.
Moraes, M. C. (1997) “Paradigma Educacional Emergente”. 9ª ed. Papirus.
Moore, M. (1993) “Theory of
transactional distance”. In: D.Keegan (ed.). 1993, pg. 22-38.
Palloff, R. M.; Pratt, K. (2002) “Construindo
comunidades de aprendizagem no ciberespaço”. Porto Alegre: Artmed, 2002.
________________________. (2004) “O aluno virtual: um
guia para trabalhar com estudantes on-line”. Porto Alegre: Artmed, 2004.
Perrenoud, P. (1999) “Avaliação: da excelência à regulação das
aprendizagens”. Porto Alegre: Artmed, 1999.
Piaget, J. (1973) “Estudos Sociológicos”. Rio de Janeiro: Companhia
Editora Forense, 1973.
Peters, O. (2001) “Didática do ensino a distância”. São
Leopoldo: Ed. Unisinos. 2001.
Primo, A. (2000) “Interação mútua e reativa: uma proposta de estudo”. Revista
da Famecos, n. 12, p. 81-92, jun.
Primo, A. (2003) “Interação Mediada por Computador:
a comunicação e a educação a distância segundo uma perspectiva
sistêmico-relacional”. Tese de Doutorado. Programa de Pós-Graduação em
Informática na Educação. PGIE/UFRGS.
Schlemmer, E. (2002) “AVA: Um ambiente de convivência
interacionista sistêmico para comunidades virtuais na cultura da aprendizagem”.
Porto Alegre: URFGS, 2002. Tese (Doutorado em Informática na Educação) Programa
de Pós-Graduação em Informática na Educação, Universidade Federal do Rio Grande
do Sul, 2002.
Silva, M. (2010) “Sala de aula interativa: educação,
comunicação, mídia clássica, internet, tecnologias digitais, arte, mercado,
sociedade, cidadania”. São Paulo: Edições Loyola. 5ª edição.
_________. (2012) “Educação a distância (EAD) e
Educação online (EOL) nas reuniões do
GT 16 da ANPED (2000-2010)” Revista Teias v. 13, n. 30, 95-118, set./dez. 2012. Disponível no
endereço eletrônico: http://www.periodicos.proped.pro.br, com acesso em 24-01-2013.
Teixeira, A. C. (2010) “Inclusão Digital – Novas
Perspectivas para a Informática Educativa”. Ijuí: Editora Unijuí. 2010.
Vasconcellos, C. (1998) “Avaliação da Aprendizagem:
práticas de mudança: por uma práxis transformadora”. 3. ed. São Paulo:
Libertad, 1998.
Veen,
W.; Vrakking, B. (2009) “Homo Zappiens: educando na era digital”. Trad. de
Vinícius Figueira. Porto Alegre: Artmed, 2009.
[1] Referenciais de qualidade da educação superior a
distância, disponível em: http://portal.mec.gov.br/seed/arquivos/pdf/legislacao/refead1.pdf, com acesso em 12 fev 2013.
[2] Informações sobre o ENADE, disponível em: http://portal.inep.gov.br/enade, com acesso em 12 fev 2013.
[3] Informações sobre a Avaliação dos cursos, disponível
em: http://emec.mec.gov.br/, com acesso em 12 fev 2013.
[4] Portal do INEP com a definição dos objetivos do ENADE:
http://portal.inep.gov.br/enade, com acesso em 12 fev 2013.
[5] Software disponível para download no endereço
eletrônico: http://cmap.ihmc.us/, com acesso em 04 jan 2013.
[6] Ambientes Virtuais de Aprendizagem: Teleduc (http://www.teleduc.org.br/), e-Proinfo (http://e-proinfo.mec.gov.br), AVA (http://gpedunisinos.wordpress.com/pesquisas/pesquisa-ava-unisinos/) , WebCT (http://www.webct.com/), e Moodle (http://www.moodle.org), com acesso
em 13 fev 2013.
Primeiramente, quero dizer que estou aprendendo muita coisa com as leituras que estou realizando no teu blog. Para mim, tem sido significativo participar desse grupo, uma vez que comecei a atuar na docência online em Março, através da UAB – UFSM/CESNORS.
ResponderExcluirEm segundo lugar, lendo esse texto, acredito que “o pulo do gato” está na inovação, como o próprio texto diz: priorizar o processo, não o produto. Antigamente, bastava decorar um texto e pronto, o aluno até podia não saber nada, mas estava passado de ano.
Acho que hoje essa conduta não cabe na sociedade da informação e comunicação, precisamos priorizar a aquisição de conhecimento do educando, a capacidade que o mesmo tem de refletir e tomar decisões. Só assim a aprendizagem poderá ser significativa. É isso que o projeto pedagógico precisa executar.
Abraços, Andressa Foresti
Oi Andressa, tudo bem ? :) muito bom receber o teu retorno aqui no Blog. A inovação é algo que estamos procurando dia a dia, todo dia. Por isso precisamos pensar em como inovar nas nossas salas de aula, e podemos até fazer o mesmo em sala de aula, mas de maneira diferente. Continuamos conversando ... []s Cristiane Koehler.
ResponderExcluir