Argumentação
É possível sim, aplicar as ideias
de Granovetter (1973) na educação. O autor apresenta os conceitos de laços fracos e laços fortes nas relações sociais. Os laços fortes são caracterizados como as interações entre pessoas
que se conhecem há algum tempo e que têm algo em comum, por exemplo:
familiares, grupos de pessoas da mesma Universidade, do trabalho, da
comunidade, do bairro, da igreja. O grupo de pessoas que possuem laços fortes interagem intensamente
dentro do próprio grupo, considerando apenas o conhecimento que já é comum a
todos, não considerando influências externas. Por outro lado, os laços fracos acontecem quando há uma
comunicação entre uma pessoa do grupo de laços fortes com outra pessoa de outro
grupo de laços fortes. Essa interação entre
grupos, entre redes de pessoas
diferentes, é chamada de ponte (bridge). Essa
ponte representa um laço fraco entre
grupos de pessoas com laços fortes. Granovetter
(1973) afirma que as novidades circulam entre os grupos através das interações
possíveis entre os laços fracos. Se
não há interação entre os laços fracos, não
há possibilidade das novidades circularem entre mais pessoas. As novidades
circulam entre os laços fracos, mas é
entre os laços fortes que as decisões
são tomadas. Por isso, que tanto laços
fracos quanto laços fortes são
importantes. Na educação, podemos pensar em estratégias pedagógicas entre
turmas diferentes, entre grupos de estudantes dentro da mesma turma. As
novidades circularão entre os grupos a partir da interação entre os laços fracos. Neste caso, fazendo uma ponte local (Granovetter, 1973) que é a
ponte entre grupos, entre redes, nesse caso, entre turmas. Trazendo estes
conceitos de Granovetter para os dias de hoje, as redes sociais digitais como Facebook,
Twitter, Linkedin, entre outras, oferecem possibilidades de interações sociais entre
pessoas e entre grupos de pessoas conectadas, com muito mais facilidade, do que
era possível antes da era digital. Precisamos pensar nos benefícios das
facilidades das redes sociais digitais para a educação e propor estratégias
pedagógicas que priorizem a interação em rede e na rede. Isto porque cada vez
mais as pessoas aprendem colaborativamente e em interação com o outro.
REFERÊNCIAS
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