Daniel Susskind, economista, escritor e professor das Universidades de Oxford e Harvard, antecipa nessa entrevista concedida ao jornalista Silio Bocannera, no programa Milênio, do canal GNT, que foi ao ar no dia 09 de outubro de 2017, quais são as revoluções que ocorrerão no mundo das profissões em um futuro bem próximo.
Empregos desaparecem e isso ocorre não somente porque a economia está em crise mas porque desde a revolução industrial, máquinas tomam espaço das pessoas. Supercomputadores, robôs e inteligência artificial tomam 670 mil empregos de manufatura nos EUA entre 1990 e 2007. Profissões de alta qualificação, da engenharia à medicina, vão mudar exponencialmente nos próximos 25 anos, se comparado com o que fizeram em 3 séculos.
No livro The Future of the Professions, Daniel e o pai, Richard Susskind, mostram como a tecnologia vai transformar o trabalho de especialistas humanos e, vai deixar sem emprego, muitos dos profissionais altamente qualificados, talvez nós mesmos.
Os autores falam em "reemprego" ao invés de "desemprego" e que as tecnologias não acabam com profissões inteiras de uma vez. O que a tecnologia faz é "mudar as atividades e tarefas que as pessoas realizam". E, a médio prazo, não haverá desemprego em massa, mas sim, haverá uma "redistribuição" dessas atividades e tarefas que antes somente um médico, contador ou advogado, realizaria.
Uma tarefa difícil de automatizar, aí estarão as profissões do futuro: algo que os computadores não farão melhor que humanos. Isso é o que o professor Daniel Susskind sustenta, que os humanos precisarão aprender a fazer algo que os computadores não fazem melhor que eles mesmos e, que somente humanos o farão melhor.
E outra questão que o professor traz é que pode ser que as pessoas não tenham tempo de "aprender" uma nova ocupação, as pessoas não terão as competências para trocar de ocupação. As profissões antigas como as conhecemos, vão desaparecer, e ele é enfático nessa afirmação ! Mas novas profissões surgirão e as pessoas poderão não estar preparadas para assumi-las com tal.
Na Educação, o que o professor diz é que:
- "estamos ensinando as crianças e jovens para o mundo que existe hoje, mas não para o mundo que existirá num futuro bem próximo".
- "que estamos educando para o século XX e, não para os desafios do século XXI".
- "o problema não está tanto no que ensinamos/aprendemos, mas como ensinamos/aprendemos e com que frequência ensinamos/aprendemos".
- "aprenda o que as máquinas não aprendem".
- "não estudar o que as máquinas fazem muito bem".
- "aprender sobre criatividade, solução de problemas e habilidades interpessoais são essenciais olhando para os desafios do futuro".
E apresenta os seguintes desafios:
- o que ensinar/aprender ?
- como ensinar/aprender ?
- com que frequência ensinar/aprender ?
O que não está na internet e que precisamos aprender ? Como vamos aprender, de que forma ? E, com que frequência precisamos aprender para ser o profissional do futuro ?
São questões que deixo aqui para pensarmos.
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Até o próximo post.
:)
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